Trabalho rural (Foto ilustrativa: Canva Pro)
Após um duro inverno, a Coreia do Norte passa por uma nova crise de falta de alimentos. Imagens de satélite das autoridades sul-coreanas mostram que o Norte produziu 180 mil toneladas a menos de alimentos em 2022 do que em 2021. A Coreia do Norte é classificada como um dos países mais pobres do mundo.
Os depósitos de armazenamento estão esgotados e, em resposta a isso e para tentar reabastecer os depósitos de alimento, o governo norte-coreano lançou uma “campanha de mobilização rural”, que “convida” soldados e pessoas que não faziam parte da agricultura para trabalhar nas plantações.
O trabalho na agricultura costuma ser muito difícil, com jornadas longas de trabalho duro e, com frequência, de estômago vazio. Os agricultores enfrentam a falta de pessoas para trabalhar no campo ainda mais sem a garantia do alimento durante o trabalho.
Importação de arroz
Para amenizar a crise, o governo prometeu importar arroz, mas isso não alimenta a esperança dos norte-coreanos. “Cristãos norte-coreanos contaram que a comida importada é distribuída primeiro entre os altos oficiais do governo e depois para os soldados. Apenas uma pequena parte vai para o mercado para as pessoas comuns. Por isso a fome é permanente em todo o país”, conta o parceiro Simon (pseudônimo).O preço dos alimentos também aumentou exponencialmente. Um quilograma de milho, por exemplo, custa 2.500 wons norte-coreanas (aproximadamente três dólares), o que equivale a praticamente metade do salário que um norte-coreano recebe por mês, que oscila entre cinco e dez mil wons.
Generosidade e amor
“Há testemunhos inspiradores de cristãos norte-coreanos que estão ajudando os vizinhos. Eles compartilham alimento, remédios e outros itens de necessidade básica, mesmo que a comida não seja suficiente para eles próprios”, diz Simon.“Os cristãos secretos estão praticando o amor de Deus nos bastidores e agradecem as orações e encorajamento da igreja livre. Toda a glória a Deus que tem alimentado os seus filhos nesse terrível período de fome”, conclui Simon.
Perseguição aos cristãos
A Coreia do Norte está na primeira posição da Lista Mundial da Perseguição 2023 elaborada por Portas Abertas. Há mais de 20 anos, o país permanece como um local extremamente hostil para os cristãos viverem.De acordo com a instituição missionária, se descobertos pelas autoridades, os cristãos são enviados para campos de trabalho forçado como prisioneiros políticos, onde as condições são cruéis, ou mortos no local. A família deles compartilhará do mesmo destino. “Cristãos não têm absolutamente nenhuma liberdade”.
É quase impossível para cristãos se reunirem ou se encontrarem para cultuar. Aqueles que arriscam se encontrar faz em sigilo absoluto — e sob enorme risco. Uma nova “lei do pensamento antirreacionário” torna amplamente claro que ser cristão ou possuir uma Bíblia é um crime sério e será severamente punido.
Em 2022, um relatório publicado pela Associação Internacional de Advogados e Comitê de Direitos Humanos na Coreia do Norte revela que cristãos são alvos e expostos a tortura em prisões norte-coreanas. “Os períodos de detenção são documentados como sendo mais longos para os cristãos do que para outros grupos, testemunhas relataram que ‘cristãos identificados são interrogados por longos períodos, geralmente sob tortura’ e sujeitos a algumas das piores formas de tortura para forçá-los a incriminar outros durante o interrogatório”, alerta o documento.
Portas Abertas explica que o motivo para tal perseguição extrema é que o cristianismo é visto como uma ameaça específica à ideologia ditatorial e ao regime do país. Assim, os cristãos são vistos como inimigos da liderança governamental e da sociedade no geral. Socorra cristãos sob perseguição extrema Seguir a Jesus pode significar privação de direitos humanos básicos como alimentos, água e remédios. Sua doação permite que nossos irmãos na fé saibam que não estão sozinhos. Ajude! Fonte: Folha Gospel, Portas Abertas e Comunhão