A primeira solicitação, em maio, foi ignorada por não ser considerada urgente
O advogado sênior Colin Gonsalves enviou uma petição para atenção do Tribunal Sazonal da Índia, que ouve os casos enquanto a Suprema Corte está em recesso de verão. Segundo o site de notícias indiano, Livelaw, Colin pediu aos juízes Surya Kant e JB Pardiwala uma audiência urgente afirmando que o número de ataques aos cristãos estava aumentando a cada mês. Em maio, por exemplo, foram reportados 57 ataques, um recorde no país.
A juíza Surya Kant afirmou: “O que vocês disseram é lamentável, se de fato estiver acontecendo com essa frequência. O que eu posso garantir é que o pedido de vocês está sendo cuidadosamente analisado”. A audiência de reabertura do pedido foi marcada para o dia 11 de julho.
Isso porque uma petição já tinha sido feita em março por Peter Machado, um líder cristão de Bangalore, e pela Comunidade Evangélica da Índia. O chefe de justiça, no entanto, recusou uma audiência inicial afirmando que “não havia urgência”.
Pedido de proteção
Na solicitação, os cristãos pediram à Suprema Corte que fosse criada uma equipe de investigação para registrar os ataques e processar os responsáveis; também pediram proteção policial aos cristãos sob ameaça de ataques de multidões violentas.O número de casos de violência contra cristãos aumentou drasticamente nos últimos anos. Ano passado, 2021, foi “o ano mais violento para cristãos na Índia”, segundo o site de notícias Quint. Houve 486 casos relatados de violência contra cristãos em 2021, um aumento de 75% em comparação com 2020. No entanto, conforme o relatório do site Quint sobre os crimes na Índia, o número atual deve ser ainda maior.
Um dos responsáveis pela violência são as leis anticonversão impostas em pelo menos 11 estados. “Violência é significantemente mais proeminente em estados que aprovaram essas leis, que restringem a liberdade de mudar de religião. Só a existência de leis anticonversão já cria um ambiente de hostilidade e intolerância. O medo da punição é usado para reprimir expressões públicas e privadas de fé”, afirma o relatório.
Fonte: Portas Abertas